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domingo, 30 de março de 2008

Petrobras tá longe das melhores do setor

Li no Portal Exame o artigo: "Mais longe das melhores"

Onde a jornalista Samantha Lima faz uma comparação entre as grandes petrolíferas e a nossa Petrobras. Enquanto o governo federal utiliza a Petrobras como exemplo de estatal de sucesso, não é bem o que parece, na verdade ela esta longe da realidade, todo este sucesso no mercado é devido a muito tempo de monopólio na exploração do petroleo no Brasil, ao confrontarmos os resultado dela com as outras grandes petrolíferas mundiais veremos que seus resultados não são tão bons assim, sem contar que sempre se utilizam dela para politica e barganha de cargos em troca de apoio politico, a decisão do governo de não repassar os aumentos do petróleo aos preços de derivados como gasolina e óleo diesel custou à Petrobras 5,8 bilhões de reais de setembro de 2005, quando ocorreu o último reajuste, para cá — segundo um cálculo feito pela consultoria Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE). Apenas no mês passado, a defasagem custou à empresa 16 milhões de reais diários, de acordo com o CBIE. “Essa é uma decisão política que tem grande impacto nos resultados da empresa”, diz o consultor Adriano Pires, do CBIE. O controle de preços é comum em países como Argentina, Venezuela, México e China. Nos Estados Unidos e na Europa, os custos são imediatamente repassados para os consumidores.

abaixo vocês encontraram a reportagem na integra:

Mais longe das melhores


A queda de 17% no lucro da Petrobras revela a distância que existe entre a estatal brasileira e as grandes empresas petrolíferas do mundo



EXAME
O MAGNATA JOHN D. Rockefeller, fundador da primeira companhia petrolífera americana, a Standard Oil, cunhou no início do século passado uma definição cristalina para seu ramo de atividade: “O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor negócio é uma empresa de petróleo mal administrada”. A companhia petrolífera americana ExxonMobil, descendente direta da Standard Oil, enquadra-se na primeira parte desse axioma. Embalada pelos sucessivos recordes no preço do barril de petróleo, a ExxonMobil registrou no ano passado o maior lucro anual já obtido por uma corporação americana, de 41 bilhões de dólares, 5% maior que o registrado em 2006. Cravou ainda o maior faturamento do ano nos Estados Unidos, de 404 bilhões de dólares, à frente do Wal-Mart — 378 bilhões de dólares em 2007 —, e o destronou do posto de maior empresa aberta do mundo. A gigante brasileira Petrobras parece mais próxima da segunda parte da definição. Em um cenário extremamente favorável para o setor, com altas recordes da cotação do petróleo, a Petrobras viu seu lucro cair 17% no ano passado, o que significou uma perda equivalente a 2,6 bilhões de dólares em comparação ao resultado de 2006.

Como no aforismo de Rockefeller, a Petrobras está muito longe de ser um mau negócio. A empresa detém a mais avançada tecnologia de extração de petróleo de águas profundas no mundo e é conhecida como um centro de excelência em prospecção de reservas. Seu lucro em 2007, mesmo sendo inferior ao de 2006, foi de 21,5 bilhões de reais (12 bilhões de dólares), o maior registrado por uma empresa brasileira no ano passado. A receita líquida da companhia cresceu 8% e fechou o ano em 170 bilhões de reais (96 bilhões de dólares). A descoberta da gigantesca reserva de Tupi na costa brasileira levou a um crescimento de 87% em seu valor de mercado, que ultrapassou os 200 bilhões de dólares. No entanto, mesmo números tão excepcionais não conseguiram mascarar o fato de que o desempenho da Petrobras ficou muito aquém das melhores empresas do setor no período. Um levantamento conduzido por EXAME com base nos resultados financeiros de dez das principais empresas de petróleo do mundo (Exxon, Shell, TotalFinaElf, Eni, Sinopec, Petrobras, Pemex, PDVSA, Gazprom e Repsol) aponta que apenas quatro delas não registraram crescimento nos lucros em 2007: a Petrobras, a mexicana Pemex, a venezuelana PDVSA e a russa Gazprom — todas empresas estatais. As demais tiveram crescimento. A expansão abarcou da espanhola Repsol, com apenas 2%, à chinesa Sinopec, com espetaculares 40%.

O cenário foi favorável
Resultados de algumas das principais companhias petrolíferas do mundo em 2007, ano em que a cotação do barril de petróleo bateu sucessivos recordes
EXXON
(Estados Unidos)

Resultado em 2007(1)
Lucro de 41 bilhões de dólares

Variação em relação a 2006
Crescimento de 5%

O que diz a empresa
Todas as áreas da empresa tiveram forte desempenho, amplificado pelo preço do petróleo

SHELL
(Reino Unido e Holanda)

Resultado em 2007(1)
Lucro de 31 bilhões de dólares

Variação em relação a 2006
Crescimento de 23%

O que diz a empresa
Aumento na produção e alta do petróleo justificam os resultados “satisfatórios”

TOTALFINAELF
(França)

Resultado em 2007(1)
Lucro de19 bilhões de dólares

Variação em relação a 2006
Crescimento de 12%

O que diz a empresa
As condições do mercado para a indústria foram favorecidas pela alta do petróleo

ENI
(Itália)

Resultado em 2007(1)
Lucro de 15 bilhões de dólares

Variação em relação a 2006
Crescimento de 8%

O que diz a empresa
Mesmo com queda de 2% na produção e desvalorização do dólar, obteve bons resultados

SINOPEC
(China)

Resultado em 2007(1)
Lucro de 10 bilhões de dólares

Variação em relação a 2006
Crescimento de 40%

O que diz a empresa
Melhor controle de custos, maior integração de recursos e inovação tecnológica

PETROBRAS
(Brasil)

Resultado em 2007(1)
Lucro de 12 bilhões de dólares

Variação em relação a 2006
Queda de 17%

O que diz a empresa
Ajuste no plano de pensão dos funcionários e variação cambial prejudicaram o resultado

PEMEX
(México)

Resultado em 2007(1)
Prejuízo de 1,4 bilhão de dólares

Variação em relação a 2006
Queda de mais de 100%

O que diz a empresa
A produção caiu pelo esgotamento de poços. Se não fosse a alta do petróleo, o prejuízo seria maior

Fonte: empresas

TER UM ANO DE GANHOS MENORES, quando a maioria das outras empresas do setor comemora resultados históricos, já seria suficientemente preocupante. Mas a questão central para a Petrobras é de outra natureza: a distância entre a estatal brasileira e suas congêneres internacionais vem aumentando. Um ranking produzido especialmente para esta reportagem pela consultoria Economática dá uma idéia disso. De 2006 para 2007, a Petrobras caiu da quinta para a oitava posição entre as dez maiores empresas de petróleo com ações negociadas na principal bolsa de valores do mundo, a de Nova York. O estudo avalia a rentabilidade das companhias, indicador que mede a relação de lucro com patrimônio líquido. Segundo ele, a Petrobras ficou à frente apenas das americanas Apache e Devon. Para os executivos da estatal, a comparação com as congêneres americanas é injusta. “Há diferenças nas regras contábeis do Brasil e dos Estados Unidos que influenciam os resultados”, diz Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras. Em outra pesquisa, publicada pela revista especializada Petroleum International Weekly, a Petrobras caiu três posições no ranking das empresas mais eficientes do mundo, de 2000 a 2006 (levantamento mais recente disponível). O ranking atribui pontuações às companhias com base em seis indicadores, que levam em conta as reservas, a capacidade de produção, a capacidade de refino e o volume de vendas.

Oficialmente, a queda no lucro da Petrobras foi provocada por quatro fatores: impacto da desvalorização do dólar sobre os ativos no exterior, aumento nos gastos com a importação de produtos, ajustes no plano de pensão dos funcionários e aumento nos custos de fornecimento de bens, serviços e recursos humanos na indústria petrolífera. O dólar, de fato, foi um problema — especialmente porque a Petrobras não estava protegida por um hedge cambial que previsse o enfraquecimento da moeda americana. Equipamentos usados pelas petroleiras em extração tiveram aumento médio de 24% no mercado internacional — mas isso valeu para todas as empresas do setor. O mesmo aconteceu com o encarecimento dos serviços e da mão-de-obra. Para especialistas ouvidos por EXAME, os problemas vão além, portanto, e estão profundamente enraizados no viés político que domina a administração da companhia. Um exemplo: a decisão do governo de não repassar os aumentos do petróleo aos preços de derivados como gasolina e óleo diesel custou à Petrobras 5,8 bilhões de reais de setembro de 2005, quando ocorreu o último reajuste, para cá — segundo um cálculo feito pela consultoria Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE). Apenas no mês passado, a defasagem custou à empresa 16 milhões de reais diários, de acordo com o CBIE. “Essa é uma decisão política que tem grande impacto nos resultados da empresa”, diz o consultor Adriano Pires, do CBIE. O controle de preços é comum em países como Argentina, Venezuela, México e China. Nos Estados Unidos e na Europa, os custos são imediatamente repassados para os consumidores. Parte dos investimentos recentes feitos pela Petrobras ainda não se transformou em resultado, o que também é um fator a prejudicar o resultado final. No ano passado, a estatal investiu 18 bilhões de reais, 20% mais que em 2006 e um recorde em toda a sua história. É possível que ocorram ganhos de produtividade no futuro. Mas, em 2007, a produção de petróleo e gás permaneceu praticamente estagnada em 2,3 milhões de barris diários. Das cinco novas plataformas previstas para entrar em operação no ano, apenas uma começou efetivamente a produzir no prazo programado. Como resultado, a companhia, que chegou a anunciar a auto-suficiência em 2006, importou 390 000 barris diários em 2007. “A Petrobras é a maior empresa de operação em águas profundas no mundo, e extrair petróleo nessas condições é uma operação complexa, passível de atrasos”, diz o diretor Barbassa. Para os analistas, o argumento é plausível, mas isso não significa que o mercado seguirá tão condescendente em relação à empresa. “Todos estão atentos, e talvez a paciência não seja a mesma caso esses problemas voltem a se repetir”, diz Eduardo Roche, gerente de análise da gestora de investimentos Modal Asset. A posição e o prestígio que a Petrobras tem hoje no cenário petrolífero internacional são resultado de um quadro técnico de primeira linha e de um esforço de rofissionalização iniciado nos anos 90. Naquela ocasião, a estrutura corporativa da empresa foi modificada para torná-la mais transparente, competitiva e eficiente. Criou-se um conselho de diretores independente e aboliu-se o monopólio de exploração no país. A profissionalização, porém, deu passos para trás nos últimos anos. “Criou-se uma cultura na Petrobras em que o que conta é a capacidade de articulação política dos funcionários, e não os aspectos técnicos do trabalho; os funcionários perdem um tempo enorme se compondo com aliados e procurando prejudicar os inimigos”, disse um ex-conselheiro da empresa a EXAME. Recentemente, o cargo de diretor da nova unidade de biocombustíveis da Petrobras foi usado para resolver uma disputa interna. O novo diretor da unidade, Alan Kardec Pinto, exgerente de abastecimento e refino e apoiado pelo PT, recebeu a cadeira como uma espécie de prêmio de consolação depois de entrar em rota de choque com seu chefe imediato, o diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, apadrinhado de outro partido, o PP. Engenheiro e ex-gerente de abastecimento da Petrobras, Kardec nunca escondeu seu interesse pelo posto de Costa. Acabou afastado em 2007 e reacomodado em uma assessoria da presidência, de onde saiu para ocupar o novo cargo. A Petrobras foi e continua a ser uma potência no Brasil e em seu setor. Mas seus números, embora ainda impressionantes, deixam claro que algumas coisas na empresa podem e devem ser melhoradas.

A Petrobras perdeu em rentabilidade...
Com o lucro em queda, a estatal caiu três posições no ranking de rentabilidade das empresas com ações na bolsa de Nova York (em percentual do lucro sobre patrimônio líquido)
2006
1. Marathon Oil (EUA) 39,8
2. Anadarko Petroleum (EUA) 37,4
3. Exxon (EUA) 35,1
4. Valero Energy (EUA) 32,4
5. Petrobras (Brasil) 30,5
6. Chevron Texaco (EUA) 26,0
7. Occidental Petrol (EUA) 24,4
8. Chesapeake Energy (EUA) 23,0
9. ConocoPhillips (EUA) 22,9
10. Apache (EUA) 21,5
2007
1. Exxon (EUA) 34,4
2. Valero Energy (EUA) 28,2
3. Exelon (EUA) 27,2
4. Occidental Petrol (EUA) 25,7
5. Chevron (EUA) 25,6
6. Anadarko Petroleum (EUA) 24,1
7. Marathon Oil (EUA) 23,3
8. Petrobras (Brasil) 22,1
9. Apache (EUA) 19,6
10. Devon Energy (EUA) 18,2
Fonte: Economática
...e em eficiência(1)
De 2000 a 2006, a Petrobras perdeu três posições entre as empresas mais eficientes do mundo
RANKING DE 2000
1. Saudi Aramco (Arábia Saudita)
2. PDVSA (Venezuela)
3. Exxon (EUA)
4. Nioc (Irã)
5. Shell (Reino Unido/Holanda)
6. Pemex (México)
7. British Petroleum (Reino Unido)
8. TotalFinaElf (França)
9. Petrochina (China)
10. Pertamina (Indonésia)
11. Sonatrach (Argélia)
12. Petrobras (Brasil)
13. KPC (Kuwait)
14. Chevron Texaco (EUA)
15. ConocoPhillips (EUA)
RANKING DE 2006
1. Saudi Aramco (Arábia Saudita)
2. Nioc (Irã)
3. Exxon (EUA)
4. British Petroleum (Reino Unido)
5. PDVSA (Venezuela)
6. Shell (Reino Unido/Holanda)
7. Petrochina (China)
8. ConocoPhillips (EUA)
9. Chevron (EUA)
10. TotalFinaElf (França)
11. Pemex (México)
12. Gazprom (Rússia)
13. Sonatrach (Argélia)
14. KPC (Kuwait)
15. Petrobras (Brasil)
(1) Ranking montado pela Petroleum International Weeklycom base na avaliação dos seguintes critérios: reservas e produção de petróleo, reservas e produção de gás, capacidade de refino e volume de vendas


Sera que não deveríamos diminuir a influencia do estado na empresa, não digo privatizar completamente, mas sim, deixar o governo sem influencia alguma junto ao conselho, sendo um simples acionista minoritario, já perdemos muito com o governo utilizando a Petrobras como instrumento diplomatico, lembram-se o que o "Amigo" do Lula, Evo Morales fez com as refinárias da Petrobras na Bolívia, quanto dinheiro brasileiro não ficou lá e nem por isso houve qualquer mudança nos investimento da empresa na Bolívia, pois segundo nosso presidente falou na época era um direito do povo boliviano...
E agora estão acertando a construção de uma refinaria em conjunto com Hugo Chavez, já imaginam o que pode acontecer né?

Por que não somos como eles

Por Cristiane Mano e Ana Luiza Herzog - Retirado do PORTAL EXAME

Nos Estados Unidos, empresários como Warren Buffett e Bill Gates são incentivados a repartir sua fortuna com a sociedade. No Brasil, apesar das enormes demandas, ocorre o contrário

EXAMEPelo menos uma vez por mês o empresário e ex-banqueiro Jorge Paulo Lemann se dedica a analisar um relatório de resultados bem diferente dos que avaliou ao longo de boa parte de sua vida profissional. Além de verificar os resultados de seus negócios mundo afora, Lemann passou a analisar o nível de repetência de alunos em escolas públicas como a Vicente Rao, instalada no bairro do Jabaquara, na zona sul de São Paulo. Aos 67 anos de idade, Lemann -- um dos três controladores da cervejaria Inbev, ao lado dos sócios Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira -- é hoje um dos poucos filantropos brasileiros que dedicam parte de sua fortuna pessoal -- estimada em 5 bilhões de dólares -- a causas sociais no Brasil. Dos 109 institutos e fundações ligados ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), menos de 10% pertencem a uma família ou pessoa física. Os demais estão vinculados a empresas. Hoje, boa parte dos investimentos de Jorge Paulo Lemann na área social se concentra na Fundação Lemann, criada por ele em 2002 para investir sobretudo na melhoria do ensino no país. "Meus amigos podem achar que estou virando um socialista tardio, mas na verdade estou aflito com os baixos níveis educacionais do Brasil", disse Lemann, num recente seminário sobre o tema realizado por sua fundação, a uma platéia de 250 representantes de países da América Latina, composta de ministros, empresários e pesquisadores.

Não há dados precisos sobre o número de empresários que investem sistematicamente dinheiro do próprio bolso em causas sociais no Brasil hoje. Considerando os dados do Gife, a maior associação de fundações e institutos filantrópicos do país, porém, chega-se a não mais do que dez deles -- um número inferior, por exemplo, à quantidade de brasileiros listados entre as maiores fortunas do mundo. Em 2003, apenas cinco brasileiros apareciam na lista de bilionários da revista americana Forbes -- grande parte deles, banqueiros. Hoje, a maioria dos 16 empresários brasileiros presentes no ranking é de industriais ou donos de companhias prestadoras de serviços que não herdaram fortunas. A conclusão óbvia é que a produção de novos bilionários no país não veio acompanhada na mesma medida de uma nova geração de filantropos.

Um recente levantamento da consultoria CapGemini com o banco Merrill Lynch sobre filantropia reforça a posição de desvantagem dos brasileiros -- e de seus vizinhos na América Latina -- em relação ao resto do mundo. Os latino-americanos estão na lanterninha quando se fala em investimentos filantrópicos por pessoas físicas com mais de 1 milhão de dólares para investir -- apenas 3% delas dedicaram 3% de sua fortuna a causas sociais em 2006. Trata-se, a princípio, de um comportamento incompreensível numa região com tantas demandas. Em outras partes do mundo, a ascensão de uma nova classe de bilionários parece ter dado fôlego a novos investimentos sociais. Na Ásia, uma das regiões do planeta que mais crescem atualmente, o percentual de doação é o maior do mundo -- 14% dos milionários doam cerca de 12% de seu dinheiro. Os Estados Unidos, onde estão filantropos como Warren Buffett e Bill Gates, 14% dos milionários dedicam cerca de 8% de seu portfólio a causas sociais.

Parte da explicação para essa discrepância é cultural. Nos Estados Unidos, até por influência das culturas protestante e judaica, há uma crença disseminada de que o cidadão deve devolver à sociedade parte da riqueza que conseguiu acumular. O milionário pouco generoso nas doações à sociedade é malvisto -- e existe até mesmo uma disputa entre os milionários em relação a quem doa mais. Em 2006, aos 75 anos, o magnata Warren Buffett decidiu doar em vida 85% de sua fortuna -- o equivalente a 37,4 bilhões de dólares --, construída ao longo de quatro décadas à frente do fundo de investimento Berkshire Hathaway. A maior parte desse dinheiro, 30,7 bilhões de dólares, será transferida de forma escalonada para a entidade administrada por Bill Gates, o segundo homem mais rico do mundo, e sua mulher -- a Fundação Bill & Melinda Gates, que financia escolas públicas e pesquisas para a cura de doenças. O restante do dinheiro vai para a própria fundação de Buffett e para três outras geridas por seus filhos. Em valores atualizados, a doação de Buffett equivale às doações somadas de filantropos como John Rockefeller e Andrew Carnegie, cujas fundações perduram até hoje. Antes do anúncio de Buffett, o recorde de filantropia estava com o próprio Gates, que destinara 28 bilhões de sua fortuna de 50 bilhões de dólares à fundação que leva seu nome. "Acredito na filosofia de que um milionário deve deixar a seus filhos o suficiente para que eles façam qualquer coisa -- mas não o suficiente para que eles não precisem fazer nada", declarou Buffett na época do anúncio da doação de sua fortuna.

A inspiração religiosa e cultural pura e simples -- e uma secular bagagem de exemplos ao longo da história -- está longe de ser, no entanto, a única explicação para a forte cultura da filantropia nos Estados Unidos. Um dos motores para estabelecê-la é um mecanismo legal inexistente no Brasil: um imposto sobre a transmissão de grandes heranças que pode atingir até 50% do montante a ser repassado para as futuras gerações. Para quem tem uma fortuna nos Estados Unidos, faz mais sentido financeiro criar fundações com objetivos sociais e colocar os filhos para comandá-las do que transferir o patrimônio diretamente a eles. Isso sem contar a possibilidade de abater do imposto de renda boa parte do dinheiro investido em causas sociais. No Brasil, a lei não oferece incentivos para investimentos sociais de pessoas físicas e permite que as empresas deduzam como despesa as doações que fazem a suas fundações e institutos até o limite de 2% do lucro. "Existe um contexto extremamente desfavorável para a filantropia no Brasil, que inclui desde a falta de incentivos fiscais até a desorganização das entidades que recebem os recursos", diz Marcos Cruz, sócio da consultoria McKinsey, responsável por um estudo preliminar sobre as dificuldades do setor no país. "Se o cenário mudasse, o investimento social seria muito maior." É um paradoxo que um país com tantas dificuldades dificulte a distribuição de riqueza, enquanto uma sociedade rica como a americana a incentive. "Os Estados Unidos criaram uma imensa estrutura voltada para isso", diz o ad vogado Eduardo Szazi, professor de direito do Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração e da Fundação Getulio Vargas. "Quando os americanos doam, estão, na verdade, fazendo o planejamento fiscal de suas fortunas."

O que ainda atrapalha
As características que criam um ambiente desfavorável para a filantropia no Brasil
1 - Falta de incentivos fiscais
No Brasil, quem doa não pode abater a doação do imposto (no caso de empresas, o desconto equivale a 2% do lucro). Nos Estados Unidos, o doador abate até 100% do imposto
2 - Má gestão das ONGs
Institutos e fundações têm dificuldade de encontrar — entre as 300 000 ONGs do país — entidades capazes de prestar contas e apresentar resultados
3 - Burocracia
Doações de bibliotecas ou obras de arte podem levar até três anos — pela falta de preparo do Estado para lidar com situações como essa
Fontes: McKinsey e especialistas

NOS ESTADOS UNIDOS, EXISTE UMA SÉRIE de incentivos específicos -- como o desconto para doações realizadas a escolas. Nesses casos, o contribuinte pode deduzir até um limite de 50% dos impostos a pagar. Por isso, universidades e centros de pesquisa americanos recebem milhões de dólares todos os anos. Um dos casos mais conhecidos, para ficar em apenas um exemplo, é o da Universidade Harvard. Seu histórico de doações começa em 1638, quando o pastor John Harvard decidiu doar imóveis próprios em Massachusetts e sua biblioteca de 400 volumes para fundar uma universidade, e deu seu nome a ela. Desde 1974, quando as doações começaram a ser geridas por uma empresa (a Harvard Management Company), as doações somaram 34,9 bilhões de dólares. No Brasil, em contraste, uma coleção de histórias demonstra o desafio à paciência e às boas intenções que uma doação -- de proporções bem mais modestas -- pode causar. A mais recente delas é a da Coleção Brasiliana - Fundação Estudar, uma série de 477 obras de arte adquiridas pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles em leilões na Europa e doada à Pinacoteca do Estado de São Paulo em outubro do ano passado. Todo o périplo da doação levou quase três anos até que a fundação finalmente conseguisse assinar o contrato (veja quadro na pág. 114). "Tivemos de falar inúmeras vezes com dezenas de representantes de diversas esferas do estado", diz a advogada Tatiana Buzalaf, que negociou a doação. "Quase desistimos."

O empresário José Mindlin levou oito anos para conseguir doar sua famosa biblioteca de 50 000 livros à Universidade de São Paulo. Ele descobriu que, para isso, precisaria atualizar o valor das obras pela cotação de mercado e pagar um imposto de 15% na hora da transferência. A quantia era altíssima. Mindlin então decidiu criar sua fundação, que serviria como receptora dos livros. Novas dificuldades. Ao colocar as obras sob a propriedade de sua própria entidade, teria de pagar um imposto de transmissão de bens de 4% sobre o valor do acervo. O empresário só conseguiu doar sua biblioteca à USP quando a lei foi alterada, liberando a doação de livros da cobrança de impostos. Seu acervo -- que inclui preciosidades como a versão original datilografada de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e primeiras edições de livros de Machado de Assis -- será encaminhado à USP no ano que vem, quando termina a construção de um prédio climatizado, planejado especialmente para abrigar a coleção.

A ausência de incentivos para o investimento via pessoa física no Brasil não apenas dificulta que as doações ocorram como também determina uma diferença crucial entre a natureza da filantropia aqui e nos Estados Unidos. Lá, as maiores fundações ou institutos filantrópicos estão ligados a pessoas físicas. No Brasil, a esmagadora maioria -- 90% -- está vinculada a empresas. A conseqüência imediata disso transparece no volume dos recursos doados. Um abismo de dólares costuma separar a doação de fortunas acumuladas ao longo de vidas e um percentual do lucro das empresas. Isso fica claro comparando os investimentos da Microsoft com as doações pessoais do casal Bill e Melinda Gates. Em 2007, os investimentos da Microsoft em causas sociais foram de cerca de 100 milhões de dólares. Os da Fundação Gates somaram 2 bilhões de dólares -- 20 vezes mais -- no mesmo período.

Existem outras distinções quando se fala em filantropia ligada a empresas e a pessoas físicas. "As empresas fazem investimento social pensando no quanto ele vai agregar à marca, é o que chamo de filantropia mercadológica", diz Floriano Pesaro, secretário de Assistência Social da cidade de São Paulo. "E isso é legítimo." Na prática, isso significa que as diretrizes para as ações sociais de muitas companhias podem mudar de acordo com certas demandas -- como a recente preocupação com o aquecimento global -- e também tendem a se concentrar cada vez mais em questões voltadas para a sustentabilidade do próprio negócio (algo defensável e, pode-se dizer, desejável). Além disso, as fundações ligadas a empresas estão sujeitas aos movimentos inerentes ao mundo dos negócios, como o de fusões e o de aquisições, que podem mudar a agenda da noite para o dia. (Basta imaginar que, se John Rockefeller tivesse criado uma fundação ligada à sua companhia na época, a Standard Oil, provavelmente ela teria seguido o mesmo caminho -- e se dissolvido nas inúmeras fusões de petrolíferas que se seguiram.) Longe do escopo de investimentos sociais da companhia, é possível abrir o foco para as questões mais abrangentes. "Nunca colocamos o nome da empresa no nosso instituto, para manter independência", diz Daniel Feffer, herdeiro e vice-presidente do grupo Suzano e diretor-geral do Instituto Ecofuturo, criado em 1999 para investir em educação ambiental. Hoje, o instituto é mantido exclusivamente pelos resultados da Suzano Papel e Celulose, que faturou 4 bilhões de reais em 2007. Feffer prevê que ainda neste ano o instituto não será mais dependente apenas da empresa -- e começará a arrecadar fundos com outras companhias e pessoas físicas. Trata-se de algo raro nos casos de fundações ligadas a empresas, nas quais costuma prevalecer o interesse institucional de manter a autoria de seus projetos.

Campeões em generosidade
Quem são hoje os sete maiores filantropos dos Estados Unidos e quanto destinaram para causas sociais nos últimos cinco anos
Warren Buffett
Megainvestidor, executivo-chefe da Berkshire Hathaway
40,7 bilhões de dólares
Bill e Melinda Gates
Fundador da Microsoft e sua mulher
3,5 bilhões de dólares
George Kaiser
Dono de empresas nos setores financeiro, imobiliário e de óleo e gás
2,3 bilhões de dólares
George Soros
Megainvestidor
2,1 bilhões de dólares
Gordon & Betty Moore
Co-fundador da Intel e sua mulher
2 bilhões de dólares
Família Walton
Família do fundador do Wal-Mart
1,5 bilhão de dólares
Herbert e Marion Sandler
Co-fundadores da instituição financeira Golden West
1,4 bilhão de dólares
Fonte: Business Week

Apesar da falta de incentivos e das dificuldades do mercado brasileiro, alguns empresários começam a pensar em fundações com vida própria justamente para escapar dessas limitações. É o caso da socióloga Maria Alice Setubal, a única mulher entre os sete filhos de Olavo Setubal, dono do Itaú. O grupo mantém investimentos sociais de 130 milhões de reais por ano. Mesmo assim, Maria Alice criou em 2005, com recursos próprios e de seus seis irmãos (inclusive Roberto Setubal, atual presidente do banco), a Fundação Tide Setubal -- em homenagem a sua mãe. Seu objetivo: ajudar na melhoria das condições de vida das famílias que moram na região de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. A primeira leva de recursos da fundação, que Maria Alice prefere não revelar, foi usada para recuperar um hospital, uma escola e um clube do bairro. "O vínculo com o banco, que tem seus propósitos, limitaria minha liberdade para agir e fazer parcerias", afirma Maria Alice. "Além disso, como profissional, tenho questionamentos pessoais que não interessam a uma empresa, como entender por que a periferia e a cidade se transformaram em universos tão distintos e isolados." Há 21 anos, Maria Alice criou e dirige o Centro de Pesquisa para Educação e Cultura, uma das ONGs de educação mais respeitadas do país.

Ela não é a única que quer manter sua atuação social totalmente desvinculada dos negócios. Outro empresário com a mesma iniciativa é o paulistano Marcos de Moraes. Filho de Olacyr de Moraes, o ex-rei da soja, Marcos tornou-se ele próprio milionário ao vender à Portugal Telecom, em 2000, o portal Zip-Net, por 365 milhões de dólares. Hoje, além de cuidar da fabricante de cachaça Sagatiba, ele dedica parte de seu tempo ao Instituto Rukha, criado em 2005. O projeto mais conhecido da entidade é o Nova Virada, que oferece bolsas de 350 reais a 102 famílias carentes da zona sul de São Paulo. Em troca do dinheiro, os pais se comprometem a manter seus filhos ocupados durante todo o dia -- na escola e em atividades complementares que acontecem em ONGs --, além de participar, eles próprios, de atividades educativas promovidas pelo instituto. Moraes não diz quanto investe no Rukha, que vem tomando cada vez mais seu tempo. Ele visita, por exemplo, pelo menos uma vez a cada 15 dias, famílias na zona sul de São Paulo.

O estilo "mão na massa" é uma característica típica da filantropia brasileira. Mesmo que o doador não queira entrar em ação, é preciso que ele crie uma estrutura para garantir que seu dinhei ro traga os resultados esperados -- e isso acaba sendo um fator de desestímulo para que muitos deles repartam parte de sua fortuna com a sociedade. A necessidade de interferência radical é provocada pela precária estrutura gerencial de boa parte das quase 300 000 ONGs instaladas no país. Nos Estados Unidos, em geral os empresários atuam apenas como grant makers, investidores que escolhem e acompanham os resultados dos projetos em que investem. É o caso da Fundação Gates. No Brasil, muitas vezes é preciso ajudar as ONGs a se tornar capazes de prestar contas e apresentar indicadores. "O que mais desestimula os empre sários hoje a investir é a dificuldade que as ONGs têm de avaliar os resultados das ações que executam", diz Evelyn Iochpe, diretora da Fundação Iochpe, criada em 1989 para investir na educação profissionalizante de jovens de baixa renda. Essa realidade mudou o propósito original da Fundação Lemann, por exemplo. "Quando nascemos, há cinco anos, a idéia era permanecer apenas como uma avaliadora e investidora de projetos eficientes", diz Ilona Becskeházy, diretora executiva da Fundação Lemann. "Logo percebemos que não haveria projetos organizados suficientes e que não conseguiríamos aumentar o escopo de nossa atuação se não montássemos nossos próprios programas do zero." Atualmente, 40% dos projetos são próprios. Ilona garante que os investimentos da fundação, que somaram 12 milhões de dólares nos últimos cinco anos, são limitados pela falta de bons projetos de terceiros.

A TENDENCIA É QUE AS EXIGENCIAS das fundações em relação à capacidade gerencial das ONGs aumentem nos próximos anos -- o que pode levar a uma seleção natural no futuro. Um dos motivos é que as fundações devem funcionar cada vez mais como empresas, seguindo metas e indicadores de desempenho. No caso da Fundação Lemann, existe um microcosmo da cultura de eficiência encontrada nos negócios nos quais o empresário investe. Há metas individuais e coletivas e, se elas são atingidas, todos os funcionários levam um bônus de até seis salários. A diretora-geral Ilona é ex-executiva do banco de investimento JP Morgan e recrutou as 13 pessoas de sua equipe em bancos no Brasil e no exterior. Trata-se de uma tendência mundial. A própria Fundação Gates criou, no ano passado, um departamento para avaliar a viabilidade de suas ações. O presidente Patty Stonesifer veio da Microsoft e nunca tinha trabalhado antes no Terceiro Setor.

"Embora sejam poucos, os institutos criados no Brasil recentemente já nasceram com uma orientação para resultados seguindo os melhores modelos do mundo", diz Armínio Fraga, conselheiro de dez fundações, como o Instituto Desiderata. O instituto foi criado em agosto de 2003, no Rio de Janeiro, pelo empresário carioca Guilherme Frering, um dos ex-controladores da mineradora Caemi, adquirida pela Vale em 2001. Mesmo a distância -- mais precisamente de Londres, onde mora hoje --, Frering monitora, ao lado da mulher, Antonia, as ações do instituto, que financia ONGs que trabalham com educação de jovens e projetos que visam a melhoria do atendimento a crianças com câncer no serviço público de saúde. A tarefa de fazer valer cada centavo dos cerca de 2 milhões de reais que ele investe por ano no Desiderata foi dada à economista Beatriz Azeredo, de 51 anos. Professora do instituto de economia da Universidade Federal do Rio Janeiro, Beatriz trabalhou no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e esteve por sete anos no BNDES, onde foi diretora da área social. Para certificar-se de que o instituto seria mesmo administrado da melhor maneira possível, Frering decidiu também que ele teria um conselho deliberativo, composto de especialistas de renome, como Fraga e a ex-secretária de Assistência Social do governo FHC, hoje no Banco Interamericano de Desenvolvimento, Wanda Engel. "Assim, temos acesso a um conhecimento privilegiado que nos ajuda, e muito, a decidir", diz Beatriz, que gerencia uma equipe de apenas quatro pessoas.

Incentivos, como os que existem nos Estados Unidos, poderiam ter efeito multiplicador desse movimento discreto -- que hoje depende apenas da inspiração de alguns poucos empresários.


Sendo o Brasil um país de terceiro mundo com enormes problemas sociais, onde os governos nunca tem capacidade para resolver nossos problemas mais banais poderia muito bem ao menos facilitar as coisas para a iniciativa privada e para os grandes empresarios resolverem.
Gostaria de levantar idéias para estimular este tipo de ajuda por parte de quem tem dinheiro. Deveria ser dado desconto total no imposto de renda a doadores, hoje você pode descontar apenas uma pequena porcentagem da doação.
Peço os comentários de todos com novas idéias.

sábado, 29 de março de 2008

Privatizar ou não privatizar !!

Privatizar nossas companhias é realmente a melhor opção?
Eu acredito cegamente que sim. Acredito ser fácil encontrar a resposta, basta fazer uma análise de empresas que foram privatizadas a pouco tempo antes.

Quem lembra o que era a Embraer antes da privatização? Era uma empresa inchada de funcionários, muitos eram fantasmas e indicações politicas sem nenhuma competência, não tinha rentabilidade, estava a beira da falência total, era um buraco negro de dinheiro público e estava sempre com projetos naufragados. Hoje ela é comparada as duas maiores empresas de aviação do mundo, a Americana Boeing e a Francesa Airbus, a frente mesmo de grandes conhecidas como a
Bombardier, Tem unidade até na china e no último trimestre a empresa anunciou um aumento de 87 % no seu lucro, em relação ao mesmo período no ano anterior. Este salto em seu faturamento se deve a grande estreia no filão de jatos executivos onde não basta ter preço e ser bom, tem que ter glamour, e enfrentar no mercado executivo concorrentes como as americanas Cessna e Gulfstream, marcas tradicionais e consolidadas entre os poucos, porém exigentes, compradores desse tipo de aeronave. Agora eu pergunto se a Embraer ainda fosse estatal chegaria a este patamar ou já estaria fechada como muitas outras empresas que já tivemos?
Acredito que ela traz muito mais benefícios para o povo brasileiro desta forma do que sendo estatal falida.
Leiam mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer e http://www.embraer.com.br

Outro sucesso é a Vale do rio doce, agora apenas Vale. É a 31º Maior empresa do mundo tendo seu valor de mercado estimado em 298 Bilhões de dólares ficando a frente de empresas como a IBM, seu faturamento em 2007 ficou em 154,5 Bilhões de dólares, emprega atualmente mais de 100 mil funcionários (na época de sua privatização eram cerca de 13 mil funcionários) esta presente hoje em mias de 25 países,
comprou grandes mineradoras internacionais, em sua última investida conseguiu levantar a quantia de 71 Bilhões de dólares junto a credores internacionais, que outra empresa teria um crédito deste?
Quando estatal era uma boa empresa mas tinha todos os problemas de uma estatal, indicações politicas, funcionários fantasmas e outros, era apenas uma mineradora com grandes minas de ferro no Brasil, hoje ela explora desde minério de ferro a níquel, de potássio a cobre além de atuar em logística, geração de energia e siderurgia.

A empresa participa de diversos projetos sociais e de infra-estrutura, no ano de 2005, a empresa pagou mais de 2 Bilhões de Reais em impostos. Será que ela não contribui muito mais para o Brasil sendo privada? O que dizer dos loucos que pensam em reestatizar a companhia?
Leia Mais sobre a privatização da Vale aqui.
http://www.vale.com

Lembram-se das companhias telefônicas? lembram o valor das linha? eram bens que deveriam ser incluidos até no imposto de renda, eram investimento pessoas alugavam. Se não fossem privatizadas os pobres não teriam telefone quanto mais celulares, sera que teriamos esta quantidade de celulares? não vou nem entrar no merito da saude financeira das empresas e da ineficiencia das mesmas, acho que não é necessário.

Encontrei esta relação de algumas empresas Privatizadas. Vejam quais foram e façam uma análise, o que eram e o que são hoje.
Setor Siderúrgico: Usiminas, Cosinor, Aços Finos Piratini, CST, Acesita, CSN, Cosipa, Açominas;
Setor Químico e Petroquímico: Petroflex, Copesul, Nitriflex, Polisul, PPH, CBE, Poliolefinas, Deten, Oxiteno, PQU, Copene, Salgema, CPC, Polipropileno, Álcalis, Pronor, Politeno, Nitrocarbono, Coperbo, Ciquine, Polialden, Acrinor, Koppol, CQR, CBP, Polibrasil, EDN;
Setor de Fertilizantes: Arafértil, Ultrafértil, Goiasfértil, Fosfértil, Indag;
Setor Elétrico: Light, Escelsa, Gerasul;
Setor Ferroviário: RFFSA-Malha Oeste, RFFSA-Malha Centro-Leste, RFFSA-Malha Sudeste, RFFSA-Teresa Cristina, RFFSA-Malha Sul, RFFSA- Malha Nordeste e Malha Paulista;
Setor de Mineração: CVRD - Cia. Vale do Rio Doce, Caraíba;
Setor Portuário: TECON 1 (Santos), TECON 1 (Sepetiba), Cais de Paul e Cais de Capuaba (CODESA), Terminal roll-on roll-off (CDRJ), Porto de Angra dos Reis (CDRJ) e Porto de Salvador (CODEBA);
Setor Financeiro: Meridional, Banespa, BEA, BEG;
Outros Setores: Embraer, Mafersa, Celma, SNBP.
É lógico que existem casos e casos, formas de se privatizarem, podemos ver duas formas diferentes de privatização de rodovias. No estado de São Paulo temos as rodovias privatizadas pelo governo do PSDB onde foi pedido uma contrapartida muito grande em dinheiro para as empresas concessionárias, o governo receberá uma boa bolada durante os 30 anos de concessão mas o reflexo disto são tarifas extremamente altas. Agora no final de 2007 o governo federal privatizou algumas rodovias, nos contratos de concessão não foram pedidos contrapartidas em dinheiro para a União, apenas investimentos por isso teremos tarifas extremamente baixas, agora só o tempo dirá qual a melhor formula.

Um caso de fracasso em privatizações podemos citar o sistema de seguros saúde nos EUA, lá não existe "SUS" ou algo parecido, lá ou você tem dinheiro para pagar um tratamento médico, ou fica a mercê dos seguros saúde ou simplesmente morre sem atendimento. Assistam ao documentário de MICHAEL MOORE, SICKO - $O$ SAÚDE. É vergonhoso em ver que o País mais poderoso do mundo simplesmente não dá assistência aos doentes.


Acho que Todas as privatizações brasileiras foram bem sucedidas, temos diversos casos de empresas sub-avaliadas mas mesmo assim, ainda prefiro que pagem menos pelas nossas empresas do que continuarem na ineficiência e ainda causarem prejuízos para a população, já perdemos grandes companhias de sucesso que acabaram falindo na mão do governo, cito a ENGESA - Empresa focada no setor de defesa, seus mais conhecidos produtos eram os carros de combate URUTU, CASCAVEL e o Tanque de guerra OSÓRIO além do jipe ENGESA sucesso nos anos 80. Era uma empresa de futuro promissor porque não atuava apenas na area militar, mas era um verdadeiro conglomerado de empresas que também fabricavam tratores agrícolas e florestais (Engex)(muitos deles premiados internacionalmente), rodas para carros (FNV), comerciais para TV (Engevídeo), trilhos e vagões (FNV), motores para ônibus elétrico (Engelétrica), caminhões de coleta de lixo (FNV), mísseis, foguetes e giroscópios para diversos usos (Órbita), radares de diversos tipos (Engetrônica), possuiam a única fábrica de munição pesada do Brasil e representavam a Casa da Moeda Brasileira em diversos países, principalmente árabes.mas com veiculos era uma empresa na sua essência de Tecnologia.
Agora eu pergunto porque que acabou este império?

seguem bons artigos sobre privatização:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Privatiza%C3%A7%C3%A3o
http://www.e-agora.org.br/conteudo.php?id=2278_0_3_0_C5
http://www.bndes.gov.br/privatizacao/resultados/federais/federal.asp

sexta-feira, 28 de março de 2008

MST Anuncia o 'Abril Vermelho' e fazendeiros anunciam que irão resistir!

Depois do Carnaval Vermelho em que três fazendas foram invadidas, os sem-terra articulam uma nova onda de invasões no mês que vem chamada de Abril Vermelho. Os Fazendeiros resistirão às invasões de suas terras e, para protegê-las, estão contratando seguranças, depois que o MST retomou as ocupações no Pontal do Paranapanema, no interior paulista. "De agora em diante só se resolve na bala. É só dessa forma. Não adianta entrar com ação de reintegração de posse na Justiça porque não vira nada", afirmou, em Presidente Prudente, o fazendeiro e advogado Rodrigo Macedo, dono da Fazenda Iara, de 560 alqueires, em Euclides da Cunha Paulista. - Para ver onde chegou a coisa, um grupo que na minha opinião é criminoso anuncia uma onda de crimes em alto e bom som enquanto um grupo de cidadãos, que podemos dizer que são honesto tem de criar uma milicia para se proteger. -

Para proteger suas terras, com 1.100 cabeças de gado, ele contratou quatro seguranças. "Aconselho os fazendeiros a fazerem o mesmo, pois o MST não respeita nem a Justiça", - Que justiça? existe isso no Brasil - disse Macedo, ele não se conforma por ter sido preso dentro de sua fazenda, que considera produtiva, durante a invasão no mês passado. "Fui torturado por sem-terra encapuzados, apanhei muito, levei coronhadas e me trancaram num quarto antes da chegada da polícia. Jogaram gasolina e ameaçaram incendiar. Festejaram a minha prisão com churrasco, matando oito bois da minha fazenda. O direito de propriedade não existe?", perguntou. Ele negou que tenha atirado nos invasores, acusação que o Deixou seis dias na cadeia. - Como sempre os papéis se invertem, os invasores festejam e o invadido além de ficar com os prejuízos passa uns
dias preso.

Tem muita coisa a respeito disso que eu gostaria de dizer, coisas que nem cabem aqui, no começo do mês as mulheres desta "quadrilha", uma "sub-quadrilha" chamada VIA CAMPESINA invadiu e destruiu um centro de pesquisa de uma multinacional que fazia pesquisas na área de transgênicos, segundo a empresa foi destruído cerca de 10 anos de pesquisa.

Abaixo deixarei apenas algumas manchetes encontradas digitando apenas as palavras VIA CAMPESINA e MST em qualquer busca na internet.

"
MST e MAB ocupam usina no PR contra a privatização da Cesp" - Qual o motivo de não privatizar?
"Vale sofre sucessivos ataques do MST" - A maior empresa de capital Brasileiro sofre na mão do MST.
"MST mantém cerco a usina" - Mais uma invasão sem sentido, contra uma usina geradora de energia elétrica.
"Mulheres da Via Campesina destroem transgênicos da Monsanto" - Mais destruição.
"TCU vê desvio de recurso e manda MST devolver R$ 3,8 mi" - Nem tenho o que comentar.
"Sem-terra fecham rodovia no interior de SP" - Para que fechar a rodovia?
"Via Campesina encerra protesto contra Aracruz no RS" - Depois da depredação resolveram fazer o protesto, mas já tinham destruído tudo!

Chega né! senão não vou parar, faça você mesmo a busca e veja com seus olhos, depois me diga para que serve este movimento criminoso.

sábado, 22 de março de 2008

Chantagem oficial !!


Em vez de funcionários do Planalto fazerem algo de útil, ficam fazendo serviço sujo para o PT.
Está na revista veja desta semana, a seguinte matéria:
Um dossiê feito
para chantagear
(http://veja.abril.com.br/260308/p_046.shtml)

Funcionários do Palácio do Planalto fizeram um levantamento dos gastos com cartões durante o Governo FHC para intimidar a oposição. Uma tentativa de parar as investigações e a CPI o curioso é que logicamente este dossiê já vazou, inclusive indicam que foi a ministra Dilma Rousseff, segundo ela os gastos são auditados, inclusive do governo passado - Muito curioso na minha opinião, pois quando aparece algum escândalo ninguém sabe de nada - hoje ouvi uma nova explicação sobre o assunto, que existe um banco de dados do governo referente ao gastos da presidencia e muitas pessoas tem acesso a ele por isso houve vazamento - mas eu pergunto. Qual o motivo de vazar apenas os gastos de Fernando Henrique? -

A Verdade é que o PT é acostumado com este jogo sujo, vocês se lembram da quebra do sigilo bancário do caseiro que cuidava da casa que era usada para as "festinhas" da turma do presidente, lembram como ele foi ameaçado para não depor e acabar contando sobre as baixarias das festas com prostitutas. - Ah se fosse nos EUA onde dar charuto para estagiaria da casa branca quase acaba com impeachment - Mas o engraçado é que para quebrar o sigilo bancário de um acusado de desvio de verba ou crimes de colarinho branco é quase impossível, já do pobre coitado de um caseiro que apenas era testemunha da "esbornia oficial" não precisa nem de juiz -

Outro caso semelhante é
na última eleição presidencial, um membro do comitê de campanha do presidente Lula foi preso tentando comprar um dossiê fajuto com o qual o PT pretendia constranger José Serra, então candidato à Presidência da República. Ninguém foi punido até hoje, mas a investigação revelou que a trama foi planejada e executada com o conhecimento, a participação e o aval da cúpula de campanha do presidente Lula. No topo da cadeia de comando estava o presidente do PT, Ricardo Berzoini, que chegou a ser afastado do cargo, mas nem sequer foi indiciado pela polícia. Na ocasião, o presidente Lula reprovou a ação dos companheiros publicamente, chamando-os de "aloprados". O dossiê dos gastos guarda uma série de semelhanças com a armação da campanha eleitoral, mas tem uma grande diferença: a ação de 2006 foi executada por pessoas próximas ao presidente. A de agora foi produzida dentro do Palácio do Planalto. O que os aloprados de hoje não entendem é que, por uma questão de simetria político-jurídica, a divulgação dos gastos secretos do então presidente Fernando Henrique Cardoso implica necessariamente a divulgação dos gastos secretos do atual presidente, Lula.

Na verdade é uma Grande farra com o nosso dinheiro, pois segundo a reportagem da VEJA, o então ministro, Aloysio Nunes Ferreira, que ocupou a Pasta da Justiça durante o governo de FHC. No dia 17 de maio de 2001, ficou hospedado no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. A fatura custou 1.231 reais, segundo o dossiê.

Até gastos da nossa ex-primeira dama Ruth Cardoso estão em evidência. - Não defendendo ela mas vocês já imaginaram o da dona Marisa? Era um jaburu de primeira e agora tá melhorzinha, imagina o quanto não deve gastar em cremes milagrosos para o rosto!

Mas é isso gente. Temos que tomar uma atitude e fazer igual nossos hermanos Argentinos, organizar um "panelaço", protestar contra a palhaçada com o nosso dinheiro!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Avanço da coca na Amazônia preocupa ONU

Vejam a que ponto o Brasil esta chegando, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma estar "muito preocupada" com as informações Funai sobre o avanço da cocaína em tribos indígenas na região amazonense do Alto Solimões.
Problemas que antes víamos ocorrer com os países vizinhos ao brasil parece estar começando a acontecer aqui, será que seremos uma nova Colômbia ou Bolívia?
Segundo a ONU, o fato deve servir como um sinal para que a fiscalização na região seja reforçada.
O temor das Nações Unidas é que os traficantes estejam começando a usar a Amazônia brasileira não apenas para o tráfico de drogas, mas também para sua produção, "exportando" o modelo já usado na Colômbia.
Recentemente, o Exército confirmou ter encontrado plantações de coca na região de Tabatinga (AM). A produção representa pouco em relação à cocaína que passa pelo Brasil, mas os militares sinalizam para a necessidade de se reforçar a fiscalização na região.
"Isso é muito preocupante", afirmou o representante do escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes (UNODC) para a América do Sul, Giovanni Quaglia. "Existe a coca nativa, usada tradicionalmente pelos indígenas há milênios. Mas não cultivada com a finalidade do comércio", explicou Quaglia.
"Os 7 mil pés de coca encontrados são um sinal de que o governo precisa ficar atento sobre o que está ocorrendo para evitar que esse volume aumente. A realidade é que o potencial de cultivo na região é enorme", alertou ele.
O que mais preocupa a Organização das Nações Unidas é que os traficantes colombianos consigam fazer no Brasil o mesmo que em territórios vizinhos. Na Colômbia, Bolívia e Peru, freqüentemente traficantes têm apoio de pequenos agricultores para plantar coca e vender a produção a eles.
"A população rural é recrutada para a plantação, principalmente aqueles que não encontram trabalho", explicou Quaglia.
Em termos de condições naturais, a ONU destaca que seria "absolutamente possível" produzir coca no lado brasileiro da Amazônia. "As condições ambientais são iguais no Brasil, Colômbia e Bolívia. Não é verdade que a coca cresce apenas em certas altitudes mais elevadas", disse Quaglia.
Uma das técnicas usadas pelos traficantes nos países andinos é aproveitar as reservas naturais para cultivar a droga.
"Como os governos não podem desmatar essas regiões, os traficantes as usam e plantam entre as árvores de grande porte. Portanto, não é porque há uma reserva ecológica que o controle não deva ser feito", alertou o representante da ONU.

A senadora Marisa Serrano, presidente da CPI dos cartões corporativos diz que não está na comissão 'para brincar'.

A presidente da CPI dos Cartões Corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), ameaçou deixar a presidência da comissão nesta quarta-feira, 19, se os requerimentos de acesso a informações sigilosas não forem votados na próxima semana.
"Se a oposição vir que não há como avançar nas investigações, serei a primeira a sair. Não estou aqui para brincar de senadora e não quero ficar três meses (prazo de duração da CPI) discutindo o sexo dos anjos", disse ao chegar para o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage.
A declaração foi uma reação às críticas feitas pela própria oposição de que a CPI não quer ir fundo na investigação dos dados sigilosos. Marisa, no entanto, ponderou que a decisão de deixar a comissão é coletiva e deve ser tomada pelas lideranças partidárias.
A oposição acusa o governo de não querer avançar nas investigações com o argumento de que dados sigilosos não podem ser divulgados, pela possibilidade de comprometerem a segurança da Presidência da República.
"Se os requerimentos não forem votados, as lideranças partidárias vão tomar a decisão. Se decidirem que devemos ficar e bater até o último dia, ficamos. Se não, nos retiramos", completou.

Opinião de aliado

Para o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), no entanto, é preciso ouvir os diretores da Agência Brasileira de Informação (Abin) no atual governo e no governo de Fernando Henrique Cardoso, para decidir se será possível ter acesso às informações sigilosas.

"Se eles convencerem a CPI de que é essencial à segurança do Estado o sigilo, acho prudente manter. Se não, a CPI tem autorização para tomar os rumos que achar necessários", disse o relator. Os depoimentos estão marcados para a próxima terça-feira, 25.
Luiz Sérgio também rebateu o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que na última terça defendeu que a oposição deixe a CPI caso os requerimentos não sejam votados. "Essa é uma tática que começa a se revelar por aqueles que queriam a CPI, mas não querem a CPI para investigar", comentou.
O deputado negou que o depoimento de Jorge Hage possa se resumir a dados e gastos já divulgados pelo Portal da Transparência. "É fundamental que ele também possa esclarecer que medidas já foram tomadas e quais os problemas que foram encontrados".

Após Ler esta notícia, eu pergunto. O que é tão sigiloso nos gastos dos cartões, será que são presentes para amantes, será grandes noitadas regadas a mulheres e whisky importado?? gostaria que alguém me esclarecesse!
Mas será que abandonar a CPI seria a solução?

segunda-feira, 10 de março de 2008

Época de Campanha eleitoral é assim!!

Recebi por e-mail e achei demais, aqui nós sofremos em época de campanha mas eles também vão sofrer...

A Morte do Senador:

Um senador está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre.
A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro. - Antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-"Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo senador.

-"Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores.. Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.

-"Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso! - diz o senador.

-"Desculpe, mas temos as nossas regras."

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperan do
por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

-" E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna." Ele pensa um minuto e responde:

-"Olha, eu nunca pensei ... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

-" Não estou entendendo", - gagueja o senador - "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados !!!"

Diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

-Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto..."

É justamente isso que passamos sempre...

Censura na imprensa ? ?

Hoje me deparei com isto:

TJ veta reportagem sobre família de ex-governador de SE

ARACAJU - Uma decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe proibiu que o jornal semanário Cinform, de Aracaju, publicasse hoje uma reportagem que abordava assuntos sobre uma das famílias mais tradicionais do Estado: a do médico e ex-governador, Augusto Franco, pai do atual deputado federal Albano Franco (PSDB). A ação foi movida pelo irmão de Albano, o empresário Valter Franco, alegando que o assunto - um processo de paternidade - é segredo de Justiça. Leia o resto em http://www.estadao.com.br/geral/not_ger137844,0.htm Por: ANTÔNIO CARLOS GARCIA - Agencia Estado

Eu tive que rir para não chorar ! Chorar de tristeza por ver o poder que certas famílias tem, principalmente no nordeste do Brasil, onde mandam ou desmandam de acordo com seus próprios interesses. Mas isto não é só lá, vemos situações semelhante quase todos os dias, um exemplo claro é o caso do Sergio Naya, dono da construtora no Rio de Janeiro em que desabou um prédio de apartamentos, acho que deve fazer uns 10 anos, até hoje temos pessoas que ainda moram em hotel, ninguém foi ressarcido ou indenizado pela perda do apartamento em que moravam, detalhe, houveram acho que 9 mortes. Eu pergunto o que aconteceu com ele ? ? Ou onde será que ele está ? ?

Mas voltando ao caso do Sergipe, chegar a proibir a publicação de tal reportagem é demais, quando é com pobre acabam com a vida do coitado, sai na TV, no jornal e se for de grande repercussão até perde o emprego por ser filho bastardo. Mas na republica das bananas se vc for algum nobre não tem com o que se preocupar! Mesmo sendo um bastardinho.

domingo, 9 de março de 2008

Cresce evasão escolar em cidades com Bolsa-Família

Vejam só! Sempre foi falado que não se deve dar o peixe, dê a vara e ensine a pescar! Agora está provado este velho ditado, pois o programa eleitoreiro do Lula o Bolsa-Família não funciona, ou melhor pode se dizer que funciona, da forma que eles esperam que é criando a dependência do povo humilde para com o governo, assim podem continuar no poder por muito tempo. Foi feita uma pesquisa na qual foi constatado que nos municipios em que a maioria da população depende de projetos sociais do governo houve um forte crescimento na evasão escolar e os votos para o Lula mais que dobraram nas eleições de 20

Vejam a reportagem em: http://www.estadao.com.br/geral/not_ger137061,0.htm

sexta-feira, 7 de março de 2008

??

É um absurdo a ameaça feita pelo Paulinho (Presidente da Força Sindical e Deputado Federal pelo PDT-SP), contra os Jornais "O GLOBO" E "FOLHA DE SÃO PAULO" em decorrência da publicação de denuncias sobre 12 convênios do ministério do trabalho com entidades e pessoas ligadas ao PDT. A Folha divulgou que a pasta pretendia repassar R$ 7 milhões à CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), ligada à Força Sindical, para recolocar mão-de-obra em São Paulo. O valor seria 97% maior que o gasto pelo governo paulista, comissões do Estado e da prefeitura votaram contra o convênio.
O pior de tudo é ver no Brasil que denuncias de corrupção ou improbidade administrativa são tratados como farsa e nossos políticos são tão cara de pau que mesmo diante de muitas provas continuam negando e dando uma de "loucos" enquanto entidades sérias são jogadas na descrença, Jornalistas são colocados como caluniadores, até já houve tentativas de desmoralizar os Ministérios Públicos. Mas voltando ao assunto principal, segundo o Paulinho da força, "Ações judiciais são só o começo" será que ele planeja ataques terroristas, como em uma democracia podemos ouvir uma frase desta? isto me remete aos tempos da ditadura, acho uma frase um tanto esquisita, fiquei muito curioso com o que ele pretende fazer além das ações judiciais. Podemos ver também que estas ações são descabidas, segundo ele, se o número de ações não for suficiente para que os jornais interrompam as reportagens sobre o repasse de dinheiro do Ministério do Trabalho, comandado por Carlos Lupi (PDT), para as entidades ligadas à Força, os sindicalistas irão ingressar de 1.000 a 2.000 ações em todo o país: "A Igreja Universal vai ser fichinha". Paulinho disse que sua intenção não é ganhar as ações na Justiça, mas "dar trabalho" para os dois Jornais. "Pode perder, não tem problema. Vou dar um trabalho desgraçado para eles. Meu negócio é dar trabalho para eles. Não é nem ganhar. É só para eles aprenderem a respeitar as pessoas. Eu estou fazendo apenas 20. Se não parar, vou fazer de 1.000 a 2.000 ações contra eles no Brasil inteiro", ameaçou.

Agora eu pergunto será que nossos jornais já não tem trabalho suficiente com este monte de lixo que vemos todos os dias, com o mar de lama da politica. A verdade é que querem amordaçar a imprensa e tirar o papel investigativo que os grandes veiculos tem. Por que será que todos os politicos insistem em ter jornais, radios e TVs pelo brasil a fora ? ?
Por que os sindicatos não se preocupam realmente com o trabalhador, vocês já se perguntaram o que o sindicato na qual você contribui com uma parte do seu sálario já fez por você ? ? Qual beneficio ele te trás ? ?
E NOSSO PRESIDENTE AINDA QUER DAR MAIS PODER A ELES ! !

Leia Mais:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u379159.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u379532.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u379559.shtml

Lula lança o PAC eleitoreiro, da mãe Dilma.

Acabo de ler no site do jornal "O Estado de São Paulo" sobre o grande "circo" que foi armado no Rio de Janeiro, para o lançamento do PAC nas favelas cariocas. Nosso presidente fala com deus! Lula disse durante que foi "aconselhado por Deus" a deixar o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o segundo mandato e chamou a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de "mãe" do PAC. O discurso de Lula aconteceu durante inauguração das obras de saneamento e habitação no Complexo do Alemão.(http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac136468,0.htm)
Curioso que o nome para a sucessão dele na presidência será a Dilma, engraçado que ela nunca foi a nenhuma inauguração e agora já começa aparecer em todos os palanques de inaugurações e lançamentos de projetos do governo Federal.
Em Breve começaremos a ver as "empreiteiras petistas" enroladas nas obras do PAC.
SÃO AS ELEIÇÕES 2010 CHEGANDO ! ! !

Eu gostaria de saber qual o motivo de apenas as favelas do complexo do Alemão serem beneficiadas pelas obras. A separação entre o complexo do Alemão e o complexo da Penha é feita por apenas uma rua, no entanto apenas um lado sera beneficiado com cerca de R$ 601 Milhões (Leiam mais em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u379569.shtml). Será que os companheiros do PT tem negócios por lá?

sábado, 1 de março de 2008

A Quem devemos a atual prosperidade brasileira ? ?

Ouçam este comentário do Arnaldo Jabor que peguei no site da CBN, é referente aos progressos do governo Lula, esta prosperidade em que vivemos atualmente, segundo o presidente devemos agradecer a Deus e a ele, por não ser pé frio como o FHC o que eu acho curioso é que durante o governo lula não houve nenhuma recessão econômica já no governo FHC tivemos cinco crises externa grávissimas.

Eu já disse diversas vezes que as conquistas que estamos vivendo na área da economia é herança do FHC, Arnaldo Jabor me deu está certeza com este áudio ! !